quinta-feira, 12 de março de 2009

Parábola do mau rico e o pobre Lázaro

O Evangelho não nos fala que este rico anônimo tenha sido voluntariamente cruel ou desdenhoso: simplesmente, ele ignorou o pobre, ainda que permanecesse à sua porta. Eis o grande mal, presente em todos os tempos: estamos, muitas vezes, ao lado da miséria sem mesmo vê-la. O abismo que separa Lázaro, no céu, do rico, no inferno, foi cavado já nesta vida. O nome Lázaro significa Deus é meu auxílio. Apesar de uma vida adversa e sofredora, Lázaro não perde sua esperança em Deus. Seus olhos contemplam os tesouros do céu, enquanto o rico mau nada vê além das riquezas materiais. Ele nem mesmo notava o que se passava ao seu redor, preocupado simplesmente em buscar a felicidade terrena. Através de imagens, a parábola implica uma retribuição pessoal, que beneficia Lázaro e causa sofrimento ao rico, e isto logo após a morte, sem esperar o Fim dos tempos e o Julgamento último. Morrendo, entra-se na eternidade de um destino para sempre irrevogável. Já no A.T. a doutrina da esmola inclui que ela tem conseqüências na eternidade, “cobrindo a multidão dos pecados”. No entanto, é necessário que ela não seja só um dom material, mas unida à caridade, o que significa um cuidado pessoal para com o infeliz. Estejamos animados não pela ganância ou pelo indiferentismo face à miséria do próximo, mas tenhamos sempre em mente o que afirma s. Hilário de Poitiers: “Deus não é medo, castigo remorso, mas boa nova, amor e Pai”.
Fonte: Bisto Dom Fernande

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